Apr 19 / Andre Pita
Repetir ou não repetir a PNA? Eis a questão... - Parte 1
O período após a PNA é pautado por um misto de emoções. Por um lado, ficamos felizes por ter ultrapassado o suplício e queremos festejar. Por outro, não conseguimos ultrapassar a pequena voz na nossa cabeça que nos deixa dúvidas sobre a nossa posição e o que devemos fazer a seguir. O percurso de cada um é diferente e deve ser aquele que melhor se adapta aos nossos objetivos.
Olá, chamo-me André Pita e realizei a PNA em 2020 e em 2021. A minha preparação foi feita tanto em contexto pré como pós-pandemia e tive que me adaptar da melhor forma que consegui à falta de estágios e a estudar o dia todo em casa. Durante a fase inicial do estudo, aquando do 1º confinamento, tive uma grande dificuldade em manter-me motivado, o que acabou por se refletir numa falta de organização eficaz do meu tempo. Achei que o melhor uso das minhas horas de estudo seria rever repetidamente matéria e adotei um estudo passivo. Negligenciei a realização de perguntas por medo de errar ou de fazer perguntas de temas que não tinha revisto. Entrei numa espiral de receio e insegurança. Rapidamente comecei a ponderar repetir o exame ainda antes de o fazer e a desistir desde muito cedo. Os últimos meses antes da prova foram passados a questionar se a deveria sequer fazer. Acabei por fazê-la, mas se já antes considerava que ia repetir, após a prova a certeza acumulou-se e nem fui capaz de aproveitar os dias de descanso merecidos.
Passei os primeiros meses após a prova a questionar-me sobre o melhor percurso a tomar. Quando começamos o internato queremos ajudar, queremos aprender e aproveitar ao máximo e pode ser difícil saber como gerir o nosso tempo e aliá-lo ao estudo. Procurei ocupar-me com tudo o que me impedia de pensar na prova e na decisão que tinha pela frente. Iniciei o meu ano de IFG em Medicina Interna, em pleno pico pandémico, e foi difícil de gerir com o estudo, de tal forma que acabei por decidir completar o estágio mas rescindir contrato logo de seguida. Atirei-me de cabeça para o internato e acabei por rapidamente entrar em burnout e perceber que aquela não era a mentalidade certa e que apenas estava a adiar o inevitável.
A decisão de rescindir e voltar a casa para estudar foi das mais difíceis que tomei pois implicou abdicar de uma nota e de uma posição e lançar-me de novo ao desconhecido. Olhando para trás consigo perceber o que fiz mal, mas infelizmente não tinha com quem falar sobre as minhas dúvidas. Naquela altura apenas me sentia perdido, sem saber o que fazer. Procurava sobretudo saber que não estava sozinho, pois foi duro tomar esta decisão enquanto os meus colegas prosseguiam com as suas vidas e eu parecia que só andava para trás. Muito do que deixo escrito neste artigo são coisas que gostava que alguém me tivesse dito antes de pensar sequer em repetir e espero sinceramente que vos sejam úteis.
Saibam aquilo que vos motiva para repetir o exame
Antes de decidir voltar a estudar, perguntei-me várias vezes qual era o meu motivo para querer repetir a PNA. Achar a resposta concreta demorou algum tempo. No fundo sabia que aquilo que eu queria era ter liberdade de escolha entre as várias especialidades que me via a exercer e, na minha posição, não tinha nenhuma disponível. Ponderei muito manter a minha nota e aceitar uma especialidade qualquer, mas não estaria a ser honesto comigo se o fizesse.
A nota desiludiu-me bastante, senti que lutei tanto, enfrentei várias adversidades, e não o vi refletido na minha posição. Sabia os vários erros que tinha cometido e que encarei a prova de forma totalmente errada. No entanto, o enorme rombo na minha autoestima e na confiança nas minhas capacidades acabaram por ser outro grande motivador. Queria corrigir os erros do passado e tentar recuperar alguma confiança em mim, mesmo sabendo que repetir a prova não equivale a uma melhor nota ou posição. Sempre preferi arriscar e aprender com o erro do que viver na dúvida de qual seria o resultado se o tivesse feito. No fim, aquilo que mais importa é que sejamos felizes com as nossas escolhas, sem arrependimentos.
Todos percorremos o mesmo caminho, se bem que por percursos diferentes. Não deixem que o percurso dos outros vos afaste do vosso.
Pensem sobre quais são as vossas especialidades de eleição
Mas ainda assim havia uma questão importante a esclarecer - seria mesmo útil repetir a PNA e arriscar-me a ficar pior posicionado? Esta dúvida manteve-se ao longo de toda a minha preparação para repetir a prova e ainda hoje acho que foi a mais complicada de responder.
Eu sabia as especialidades que gostaria de escolher, mas também sabia qual era a minha especialidade de eleição. A dura realidade da prova levou-me a alargar o horizonte das minhas escolhas ao repetir e convenci-me de que se não ficasse na especialidade de eleição também não seria o fim do mundo. Falando com vários internos de especialidade, apercebi-me que a escolha é apenas um passo. Mesmo não ficando na primeira opção, encontraremos algo que nos seduz em cada uma delas e quando formos especialistas a dúvida sobre se a escolha foi a melhor ou não será já algo vago e distante.
Devem fazer uma lista das especialidades e dos locais onde gostariam de trabalhar ainda antes de sair a vossa nota oficial e posição. Usem o tempo que passam no hospital durante os primeiros meses do internato para contactar com o maior número de especialidades que consigam. Façam e refaçam a vossa lista de acordo com o que vão conhecendo de cada especialidade, para que, assim que a vossa posição seja lançada, possam comparar com a das escolhas do ano anterior e ver quais ainda teriam disponíveis para escolher em Novembro.
Procurem entender o que é que faltou na vossa preparação para a PNA anterior
Aquilo que me apercebi ao reler a matéria foi que as bases teóricas não eram o meu ponto mais fraco, mas sim saber aliar a quantidade abismal de matéria com a compreensão do que era perguntado nas várias questões da prova. Mais do que querer saber tudo, temos que procurar colocar-nos no lugar de quem escreve as questões e qual o objetivo educacional que aquela pergunta tem em mente. A minha maior falha foi mesmo a pouca quantidade de perguntas que respondi ao longo da preparação e então foi nesse aspeto que me foquei quando voltei a estudar.
Para outros, será rever a matéria de forma mais organizada, aprender a separar a informação essencial do que é supérfluo, e criar uma base sólida de informação. Pode ser difícil saber o que é que faltou quando nos aplicamos tanto e pensamos ter um bom método de estudo mas os resultados não surgiram. Procurem entender o que falhou:
- Se foi saber a matéria, foquem-se em ser objetivos nas revisões do que sabem e gastar mais algum tempo no que não estava tão bem consolidado.
- Se foi terem feito poucas perguntas, façam algumas sempre que têm tempo e procurem discuti-las com colegas do estágio;
- Se foi por falta de organização, gastem algum do vosso tempo antes de começar o estudo a organizar o vosso dia consoante os horários que têm disponíveis. Há sempre medo de não dedicar tempo suficiente ao estudo, mas mais vezes o que nos falha é descansar e dormir - que são alturas essenciais para cimentar conhecimento - do que propriamente a falta de estudo.
Aqui deixo algumas das minhas recomendações pessoais: usem ao máximo os recursos que têm disponíveis - sejam eles os learning cards da Amboss, livros de preparação como o First Aid ou até lerem os sumários do UpToDate acerca da matéria em estudo. Façam muitas perguntas, de preferência de bancos conhecidos e peer-reviewed, e procurem ver se o recurso a flashcards funciona para vocês, em que podem tanto criar os vossos decks como usar pré-feitos. Se há algum objetivo educacional ou informação de que se esquecem frequentemente, os flashcards são uma ótima forma de as memorizar através da spaced repetition. Tanto as perguntas com os flashcards são excelentes ferramentas que priorizaram um estudo mais ativo. E se não se conseguem focar a estudar, tentem o método Pomodoro e vejam se se adequa ao vosso método de estudo. Estudem onde se sintam confortáveis e tenham o mínimo de distrações ao vosso redor.
Não procurem reinventar a roda, joguem sempre com os vossos pontos fortes e confiem no vosso método. Mas se for preciso, não tenham medo de mudar e integrar alternativas novas.
A decisão de aliar o estudo à realização do IFG ou rescindir o contrato deve ser bem ponderada e é uma decisão individual
Durante o estágio de Medicina Interna pouco ou nada consegui estudar ou sequer organizar o meu estudo de forma útil. As horas eram imensas, o trabalho acumulava-se e os dias de urgência caóticos não tinham fim à vista. Tentei aproveitar os tempos livres ou mais parados na enfermaria para responder a algumas perguntas ou rever alguns slides sobre os casos que via diariamente na enfermaria. Mas todos os dias chegava a casa exausto e sem vontade de estudar, ao que se acrescia a noção de que no dia seguinte teria que repetir toda aquela rotina. Após a publicação da lista oficial, tomei consciência que teria que decidir o que fazer a seguir. Na altura senti que não conseguiria continuar a tentar aliar as duas coisas. Precisava de algum tempo para descansar antes de reiniciar o estudo e que, se o meu foco era a prova, então queria dedicar-me totalmente.
Não obstante da minha decisão, é possível conciliar o estudo com o IFG e têm a vantagem de contactar com várias especialidades e colocar em prática o vosso conhecimento - houve várias perguntas que sabia a resposta por me lembrar dos casos vistos nas urgências ou nas enfermarias. Se virem que são capazes de gerir o vosso tempo de trabalho e de estudo ou que têm outras razões para se manter no IFG façam-no, não será o que vos impedirá de conseguir melhores resultados. Usem os tempos de estágio mais leves para compensar os mais stressantes e adquirir uma rotina e um método que vos mantenha motivados e focados.
Caso rescindam, vão ter que conviver com essa decisão e saber que, uma vez tomada, será difícil voltar atrás. Os meus pais avisaram-me que estava a abdicar de uma vaga por uma incerteza, mas eu sabia que não seria capaz de lidar com o “e se eu repetir e for melhor?” e decidi regressar ao estudo. Sei que foi um tiro no escuro, mas não me arrependo de o ter feito, tivesse ou não uma melhor posição. Cumpri o meu objetivo, enfrentei os meus medos e acreditei de novo em mim. Tudo se faz, somos capazes de muito mais do que aquilo a que nos damos crédito. Confiem em vocês e nas vossas escolhas e sigam-nas até ao fim.
Tomem a decisão que vos deixa mais confortáveis com a vossa consciência, mesmo que não seja a decisão mais fácil de tomar ou parecida com a dos outros.
Objetivo Educacional
-
Um dos maiores conselhos que vos posso deixar é que aprendemos mais com os nossos erros do que com os sucessos - “If at first you don't succeed try, try and try again”.
-
Saibam aquilo que vos motiva para repetir o exame ou para se manterem a realizar o IFG e quais as vossas especialidades de eleição.
-
Mantenham a vossa nota em perspetiva. A nota não define nada sobre vocês, nem sobre aquilo de que são capazes. Celebrem cada vitória por mais pequena que ela pareça.
Créditos
-
André Pita
-
David Meireles
-
Inês Gueifão
-
João Nuno Soares

DESCOBRE AS NOSSAS REDES SOCIAIS
Ajuda-nos a crescer!
Faz scan ou carrega no Código QR ao lado e descobre como podes fazer doações que nos ajudarão a crescer cada vez mais, ajudando cada vez mais colegas!
Copyright © MedApprentice - Associação Espíritos Ávidos, 2022

Preenche o formulário abaixo para começares a receber já a nossa newsletter, bem como conteúdos exclusivos partilhados apenas com os nossos subscritores.
João Nuno Soares
IFE Dermatologia no CHUC
PNA 2019
PNA 2019
Olá, eu sou o João Nuno e fiz, provavelmente tal como tu tencionas fazer se estás a ler esta mensagem, a Prova Nacional de Acesso (PNA).
O meu ano foi o primeiro ano a realizá-la e vivi, tal como muitos continuam a sentir, a incerteza de como me preparar da forma mais eficaz.
Tendo realizado também os exame dos EUA (os USMLEs), onde já é aplicado um estilo de exame muito semelhante à PNA há muitos anos, tive contacto com um caminho completamente diferente e mais produtivo de estudar. Estudar para a PNA não tem que ser um sacrifício. Ter um estudo agradável e activo é mais eficaz.
Considero que esta perspetiva de ter realizado os exames dos EUA (tive 253 no Step 1 e 273 no Step 2 CK - percentil 93 e 97 respetivamente) me deu as ferramentas para ter um resultado melhor na PNA (135 em 150, correspondendo à 2 melhor posição nacional), e aceder à especialidade que queria. É este novo caminho e maneira de estudar que quero partilhar contigo, através das páginas do MedApprentice®.
Gil Cunha
Especialista de Neurorradiologia
IFE de Cardiologia no CHUC
PNA 2019
IFE de Cardiologia no CHUC
PNA 2019
Amigos, eu sou o Gil Cunha e fiz a PNA em 2019. Pertenço ao número crescente de médicos que tenta melhorar a sua carreira concorrendo uma segunda vez ao internato da especialidade.
Experimentei em primeira mão o desafio de conciliar o trabalho como neurorradiologista com a preparação para o exame, mas também a oportunidade de abordar este tipo de prova do ponto de vista de alguém com alguma vivência clínica.
Fiz o exame Harrison em 2001 e apesar de ter obtido o mesmo resultado da PNA em 2019 (ambos com 4º lugar nacional), a minha estratégia de estudo para a nova prova foi totalmente diferente, e todo o processo muito mais interessante, eficiente e compensador.
Convido-te a conhecer as nossas ideias através do site e espero poder ajudar a tornar memoráveis, pela positiva, estes meses decisivos da tua vida.
Experimentei em primeira mão o desafio de conciliar o trabalho como neurorradiologista com a preparação para o exame, mas também a oportunidade de abordar este tipo de prova do ponto de vista de alguém com alguma vivência clínica.
Fiz o exame Harrison em 2001 e apesar de ter obtido o mesmo resultado da PNA em 2019 (ambos com 4º lugar nacional), a minha estratégia de estudo para a nova prova foi totalmente diferente, e todo o processo muito mais interessante, eficiente e compensador.
Convido-te a conhecer as nossas ideias através do site e espero poder ajudar a tornar memoráveis, pela positiva, estes meses decisivos da tua vida.
Maria João Brito
IFE de Psiquiatria no CHUC
PNA 2019
PNA 2019
Olá, chamo-me Maria João Brito, e a minha relação com esta prova de acesso à especialidade foi um pouco mais… turbulenta.
Em Julho de 2018, depois de um longo período de desmotivação e desespero ao utilizar o método de preparação “tradicional”, decidi desistir do famoso Harrison. Depois de alguns meses de exploração, acabei por dar uma oportunidade a esta nova PNA – desta vez sem cometer os erros que no ano anterior me tinham levado ao burnout.
Decidi estudar de uma forma completamente diferente: mais independente, mais descontraída, assente na resolução de casos clínicos e utilizando principalmente recursos internacionais.
Não obtive um resultado tão brilhante quanto o do João Nuno ou o do Gil, é certo - fiquei na 311.ª posição a nível nacional (115/150) – mas creio que a minha história prova que é possível dar a volta por cima e ser feliz enquanto se estuda… mesmo que comecemos com o pé esquerdo.
Em Julho de 2018, depois de um longo período de desmotivação e desespero ao utilizar o método de preparação “tradicional”, decidi desistir do famoso Harrison. Depois de alguns meses de exploração, acabei por dar uma oportunidade a esta nova PNA – desta vez sem cometer os erros que no ano anterior me tinham levado ao burnout.
Decidi estudar de uma forma completamente diferente: mais independente, mais descontraída, assente na resolução de casos clínicos e utilizando principalmente recursos internacionais.
Não obtive um resultado tão brilhante quanto o do João Nuno ou o do Gil, é certo - fiquei na 311.ª posição a nível nacional (115/150) – mas creio que a minha história prova que é possível dar a volta por cima e ser feliz enquanto se estuda… mesmo que comecemos com o pé esquerdo.
Francisco Pinheiro
IFG no CHLeiria
PNA 2022
PNA 2022
Juntei-me à Equipa do MedApprentice porque acredito que a mudança de paradigma na educação médica é cada vez mais necessária - uma educação focada no desenvolvimento do raciocínio clínico e não na memorização de informação sem utilidade real.
Daniel Cazeiro
IFE de Cardiologia no CHLN
PNA 2020
PNA 2020
A minha jornada da PNA começou por volta de novembro de 2019, altura em que comecei a estudar para a PNA 2020. Inicialmente, o meu método de estudo era muito limitado a ler a matéria, sublinhar livros de texto/slides e ir vendo uns casos clínicos, de vez em quando.
"Descobri" o MedApprentice por volta de março de 2020 e decidi ler o seu guia de preparação. Rapidamente me apercebi que as minhas prioridades no estudo estavam trocadas e decidi arriscar e começar de novo, com a minha verdadeira primeira volta na matéria, com elaboração de resumos (técnicas de estudo ativo). Posteriormente, dediquei-me mais ao ensino centrado na realização de casos clínicos, com o qual aprendi muito mais e me senti muito melhor preparado para o modelo de exame atual.
Estudar para a nova prova não é o "bicho papão" que todos pintavam. As perguntas mais direccionadas para a prática clínica e a abrangência de mais áreas nesta prova tornam o estudo menos cansativo e mais útil para o nosso futuro - já não perdemos tanto tempo em pormenores e passamos a olhar para a "big picture". Acabei por conseguir conjugar muito melhor o meu tempo de estudo com atividade física/lazer e por aprender muito mais do que se estivesse 12 ou mais horas por dia a olhar para vírgulas.
O método do MedApprentice acabou por ser um dos grandes impulsionadores da minha preparação para a PNA, porque me ajudou a sentir muito mais motivado para o estudo e fez-me perceber que o valor que o conhecimento que adquirimos tem é muito superior à nota de apenas um exame.
Acabei por me juntar à equipa do MedApprentice pelo meu interesse em aprender mais, ensinar e ajudar todos os colegas que se estão a preparar para este exame e para a prática clínica.
Acabei por me juntar à equipa do MedApprentice pelo meu interesse em aprender mais, ensinar e ajudar todos os colegas que se estão a preparar para este exame e para a prática clínica.
Martim Urbano
IFE Radiologia no CHLC
PNA 2020
PNA 2020
Eu percebi cedo no estudo que a única forma de conseguir ter um ano agradável era gostar do que estava a fazer. Não me iludi a achar que ia ser uma pessoa que não sou. Sabia que a memória não era o meu forte, nem resumos, nem mil voltas na matéria. Por isso, foquei-me naquilo que mais gostava de fazer: Resolver casos clínicos.
Acho que o segredo para esta prova é entenderem de que forma é que gostam de estudar, e apostar na vossa estratégia. Para mim foi dar uma volta forte na matéria, uma revisão, e, a partir daí, casos, casos, casos. Porquê? Porque é o mais divertido. Epá, sem dúvida. É o que consigo passar mais tempo a fazer sem me aborrecer e me distrair.
Os casos têm também a grande vantagem de, dentro da enorme vastidão de matéria, incidir sobre as partes mais "perguntáveis" e alertar para as "rasteiras" mais comuns. Penso que é muito mais fácil interiorizar conceitos olhando para eles de forma prática.
Acho que outra forma fixe de estudar é juntar um grupo de 3 ou 4 amigos para discutir casos. Quando somos obrigados a debater e confrontados com outras opiniões, questionamos aquilo que achávamos 100% certo, entendemos onde estão as falhas no nosso raciocínio e valorizamos informação que nos parecia menos importante.
E lembra-te, como dizia a professora do básico "as dúvidas dos teus amigos podem ser as tuas!!". Nunca foi tão verdade! A filosofia do Meddaprentice fez muito sentido para mim, apostar na resolução e discussão de casos clínicos, não perder horas infindáveis a decorar matéria pouco útil e não abdicar de atividades prazerosas de desporto e lazer.
Acho que o segredo para esta prova é entenderem de que forma é que gostam de estudar, e apostar na vossa estratégia. Para mim foi dar uma volta forte na matéria, uma revisão, e, a partir daí, casos, casos, casos. Porquê? Porque é o mais divertido. Epá, sem dúvida. É o que consigo passar mais tempo a fazer sem me aborrecer e me distrair.
Os casos têm também a grande vantagem de, dentro da enorme vastidão de matéria, incidir sobre as partes mais "perguntáveis" e alertar para as "rasteiras" mais comuns. Penso que é muito mais fácil interiorizar conceitos olhando para eles de forma prática.
Acho que outra forma fixe de estudar é juntar um grupo de 3 ou 4 amigos para discutir casos. Quando somos obrigados a debater e confrontados com outras opiniões, questionamos aquilo que achávamos 100% certo, entendemos onde estão as falhas no nosso raciocínio e valorizamos informação que nos parecia menos importante.
E lembra-te, como dizia a professora do básico "as dúvidas dos teus amigos podem ser as tuas!!". Nunca foi tão verdade! A filosofia do Meddaprentice fez muito sentido para mim, apostar na resolução e discussão de casos clínicos, não perder horas infindáveis a decorar matéria pouco útil e não abdicar de atividades prazerosas de desporto e lazer.
André Pita
IFE Urologia no HFF
PNA 2020
PNA 2020
O meu estudo pautou-se por várias incertezas, desde falta de confiança na minha capacidade de ser bem sucedido na prova, até ao isolamento dos meus colegas. Achei que por estar afastado dos outros não pensaria no que eles estavam e fazer e não questionaria o meu plano de estudo, mas ao invés disso afastei aquilo que é um apoio emocional e de estudo inestimável.
Descobri a MedApprentice numa fase tardia do meu estudo, em que foi-me difícil mudar de hábitos, ainda para mais quando estávamos a entrar em pleno confinamento. O tempo em casa não foi fácil, mudou muito a minha rotina, mas ao ler o Guia escrito pela equipa e ao ouvir os podcasts percebi que tinha pensado mal na forma de estudar para esta prova. Passei a fazer perguntas e discutir exames com colegas, o que sobretudo ajudou-me a perceber as minhas lacunas de matéria, assim como a compreender e integrar a forma como os outros abordavam as perguntas e como colocavam em prática o seu conhecimento.
Este foi sem dúvida o ensinamento mais profícuo que retirei da minha descoberta da MedApprentice e se fosse a repetir teria desde o início começado pela prática de casos clínicos e pela discussão com os meus colegas, porque se estudar para a PNA é uma maratona, ela não deve ser percorrida sozinho.
Juntei-me à equipa MedApprentice porque acredito que a melhor forma de evoluirmos como pessoas é testando as nossas capacidades e ajudando os outros ao longo do processo. Quero aprender com quem me ensinou e quero, simultaneamente, auxiliar os meus colegas que se encontram a estudar para a prova a enfrentá-la da melhor forma possível.
Descobri a MedApprentice numa fase tardia do meu estudo, em que foi-me difícil mudar de hábitos, ainda para mais quando estávamos a entrar em pleno confinamento. O tempo em casa não foi fácil, mudou muito a minha rotina, mas ao ler o Guia escrito pela equipa e ao ouvir os podcasts percebi que tinha pensado mal na forma de estudar para esta prova. Passei a fazer perguntas e discutir exames com colegas, o que sobretudo ajudou-me a perceber as minhas lacunas de matéria, assim como a compreender e integrar a forma como os outros abordavam as perguntas e como colocavam em prática o seu conhecimento.
Este foi sem dúvida o ensinamento mais profícuo que retirei da minha descoberta da MedApprentice e se fosse a repetir teria desde o início começado pela prática de casos clínicos e pela discussão com os meus colegas, porque se estudar para a PNA é uma maratona, ela não deve ser percorrida sozinho.
Juntei-me à equipa MedApprentice porque acredito que a melhor forma de evoluirmos como pessoas é testando as nossas capacidades e ajudando os outros ao longo do processo. Quero aprender com quem me ensinou e quero, simultaneamente, auxiliar os meus colegas que se encontram a estudar para a prova a enfrentá-la da melhor forma possível.
Joana Bastos
IFE Pediatria no HGO
PNA 2020
PNA 2020
À chegada ao último ano do curso, senti que a satisfação e orgulho em completá-lo foram parcialmente frenados pelo peso do desafio que se seguia. Desde o primeiro dia de faculdade que ouvimos falar no Exame e no que ele requer de quem se prepara para ele.
Hoje sei que a preparação para a Prova, apesar de ser uma tarefa imposta à maioria dos médicos que se formam e desejam continuar a sua carreira em Portugal, foi um desafio que me orgulho de ter aceitado.
O caminho pode ser exigente, mas não tem de ser sofrido. Com a mentalidade, o método e a companhia certas creio que é possível, não só atirgirmos o nosso objetivo enquanto candidatos, mas fazermos com esta etapa seja uma oportunidade chave na nossa formação como futuros médicos.
Conheci o MedApprentice durante a minha preparação a PNA 2020. O Guia, escrito pelo João e pelo Gil, acompanhou-me durante a maioria do meu percurso. Identifiquei-me de imediato com a abordagem à preparação, em especial com o ênfase colocado na importância da mentalidade e na importância de adoção de hábitos saudáveis.
Por ter sentido que o MedApprentice foi um projeto muito positivo na minha preparação, equiparável a uma lufada de ar fresco dentro das restantes ofertas, ofereci-me para colaborar com a Equipa logo após a PNA.
Hoje sei que a preparação para a Prova, apesar de ser uma tarefa imposta à maioria dos médicos que se formam e desejam continuar a sua carreira em Portugal, foi um desafio que me orgulho de ter aceitado.
O caminho pode ser exigente, mas não tem de ser sofrido. Com a mentalidade, o método e a companhia certas creio que é possível, não só atirgirmos o nosso objetivo enquanto candidatos, mas fazermos com esta etapa seja uma oportunidade chave na nossa formação como futuros médicos.
Conheci o MedApprentice durante a minha preparação a PNA 2020. O Guia, escrito pelo João e pelo Gil, acompanhou-me durante a maioria do meu percurso. Identifiquei-me de imediato com a abordagem à preparação, em especial com o ênfase colocado na importância da mentalidade e na importância de adoção de hábitos saudáveis.
Por ter sentido que o MedApprentice foi um projeto muito positivo na minha preparação, equiparável a uma lufada de ar fresco dentro das restantes ofertas, ofereci-me para colaborar com a Equipa logo após a PNA.
David Meireles
IFE de Anestesiologia no CHLC
PNA 2019 e 2020
PNA 2019 e 2020
Estudar para a PNA em 2019 e 2021 foi um desafio. Tive não só de encarar as minhas insuficiências mas também repetir uma jornada em que já tinha dado todo o meu melhor. Tive de fazer introspeção para não repetir os mesmo erros. Acima de tudo, tive que evoluir e adquirir skills que levo comigo para o internato. Considero que o guia de estudo do MedApprentice foi o catalista para as mudanças no meu estudo e a sua leitura essencial.
Juntei-me à equipa do MedApprentice por duas razões que são comensais. Quero ajudar outros a não cometer os mesmos erros que eu e ao ensinar outros posso manter-me atualizado.
Juntei-me à equipa do MedApprentice por duas razões que são comensais. Quero ajudar outros a não cometer os mesmos erros que eu e ao ensinar outros posso manter-me atualizado.
Bernardo Cavadas
IFE Cirurgia Plástica e Reconstrutiva no CHLC
PNA 2020
PNA 2020
Acredito que o segredo para o sucesso na PNA é levar uma vida equilibrada e relaxada. O exame não tem de ditar a tua vida. Há coisas mais importantes e não as deves negligenciar. Desporto, atividades de lazer, amigos, família, são tudo coisas de que não deves abdicar!
Dá o teu melhor todos os dias e não adies tarefas. Tem o teu estudo bem planeado, estabelece metas a curto prazo e vai cumprindo.
Penso que depois de teres uma boa base teórica, deves focar-te ao máximo em fazeres perguntas. O estudo por slides e outros materiais pode tornar-se extremamente entediante. Quando fazes perguntas, além de ser mais divertido, estás a estudar ativamente e a perceber quais os teus pontos fracos e que merecem alguma revisão no futuro. Além disso, as perguntas tendem a focar-se em aspetos mais importantes da matéria e dessa forma ajudam-te a encaminhar o estudo para que te possas focar no que é verdadeiramente perguntável. Tenta ter um grupo de amigos com quem possas resolver casos clínicos e discutir dúvidas que tenham.
Pensa que não estás apenas a estudar para um exame. No fundo, o que estás a fazer é construir as bases do teu conhecimento em medicina e acredito que o tempo que estás a investir não é em vão.
Conheci o projecto ainda nas suas fases mais embrionárias, quando não passava ainda de uma ideia a divagar na mente de um dos seus criadores, o João Nuno Soares. Pude acompanhar de perto as suas origens e os princípios pelos quais se regeu, de acesso universal e gratuito, com o intuito de ajudar. Por tudo isto, entendi que gostaria de dar o meu contributo ao projecto, daí juntar-me à equipa. O estudo em comunidade, a resolução de casos clínicos, são tudo ideias que o MedApprentice incentiva e são ambas ideologias que acredito funcionarem para a preparação para a PNA e de bons médicos.
Conheci o projecto ainda nas suas fases mais embrionárias, quando não passava ainda de uma ideia a divagar na mente de um dos seus criadores, o João Nuno Soares. Pude acompanhar de perto as suas origens e os princípios pelos quais se regeu, de acesso universal e gratuito, com o intuito de ajudar. Por tudo isto, entendi que gostaria de dar o meu contributo ao projecto, daí juntar-me à equipa. O estudo em comunidade, a resolução de casos clínicos, são tudo ideias que o MedApprentice incentiva e são ambas ideologias que acredito funcionarem para a preparação para a PNA e de bons médicos.
Pedro Mesquita
IFE Gastroenterologia no CHVNGE
PNA 2020
Estudar para a PNA foi, sem dúvida, um processo desafiante, sobretudo em termos mentais. Uma boa relação para connosco e para com o estudo é fundamental para obter sucesso. Melhor dito que feito! Lembrem-se que os amigos e família são um bem preci(o)so!
Durante esta jornada aprendi que a qualidade do estudo supera em larga escala a quantidade e que chave para o sucesso está em assumir o papel do examinador em cada pergunta. Perceber o que é questionável, analisar padrões entre perguntas e acima de tudo perceber porque estou a errar. Assente numa boa base teórica (fisiopatológica, algorítmica e focada nas diferenças) cada pergunta é uma oportunidade única de limar arestas, perceber limitações e reconhecer o que é realmente importante. Tudo o que estou a dizer pode parecer abstrato mas quando começarem a fazer casos em "full time" vão compreender. Sigam o vosso instinto e guardem apenas o que resulta convosco, não tentem imitar ninguém.
O segundo maior conselho que posso dar é arranjarem um parceiro de estudo. Para desde simplesmente estarem juntos a discutirem cada caso. Não se isolem, colaborem! Saber explicar um conceito a outra pessoa implica um grande domínio do tema e é uma forte técnica de estudo ativo. Cada pessoa vê padrões diferentes, tem mnemónicas diferentes e tem dúvidas diferentes com as quais podem aprender. Para além disso torna o estudo mais prazeroso, saudável e focado.
O MedApprentice foi o gatilho que ajudou a desencadear este mindset e que me assegurou que existia uma forma fácil, divertida e eficiente de estudar!
O MedApprentice foi o gatilho que ajudou a desencadear este mindset e que me assegurou que existia uma forma fácil, divertida e eficiente de estudar!
Juntei-me à equipa do MedApprentice porque vi uma oportunidade única de retribuir! Penso que é um projeto único, vivo e dinâmico que vai fazer a diferença não só no estudo para a prova, mas na nossa formação enquanto médicos. Adoro educação, poder fomentar a curiosidade e ajudar a que o estudo seja mais fácil, eficiente e dinâmico!
Afonso Cabrita
Interno de Formação Geral no Hospital do Algarve
PNA 2020
PNA 2020
O guia do Medaprendice deu-me confiança, expôs-me a novos recursos e motivou o meu percurso de estudo.
Gostaria de expor os meus métodos de trabalho e os do medaprendice para a PNA.
Catarina Morais
Interna de Formação Geral no Hospital do Algarve
PNA 2020
PNA 2020
Estudar para a PNA acabou por se revelar numa experiência bastante positiva e um trabalho cujos frutos vão além da nota. Foi uma forma de treinar e estimular o nosso raciocínio clínico e solidificar bases para o dia-a-dia na medicina. Se soubesse o que sei hoje, tinha integrado perguntas ainda mais cedo no meu plano de estudo.
O Medapprentice com o seu guia veio dar-me confiança no plano e tipo de estudo que estava a seguir, assim como nos materiais que mais valorizava.
O Medapprentice com o seu guia veio dar-me confiança no plano e tipo de estudo que estava a seguir, assim como nos materiais que mais valorizava.
Juntei-me à equipa do Medapprentice pelo gosto que tenho pelo diagnóstico e resolução de casos clínicos, sendo uma maneira interessante de continuar a ter contacto com várias áreas diferentes da medicina. Pelo impacto positivo que o guia e o podcast tiveram no meu estudo, senti que podia também eu dar o meu contributo a este projeto.
Madalena Correia
IFE Dermatovenereologia no CHLN
PNA 2020
PNA 2020
Olá, chamo-me Madalena, tirei o curso na FML, fiz a PNA em 2020 e estou agora a fazer o ano comum no CHLO.
Retrospetivamente, vejo algumas falhas no meu percurso. Primeiro, cheguei a maio e percebi que tinha começado a construir a casa pelo telhado. Tinha usado os livros da bibliografia oficial - livros que os médicos usam para estudar para a especialidade - e sabia pormenores com pouco impacto clínico. Sentia que as bases estavam frágeis.
Depois, houve sempre alguma ansiedade por sentir que o meu percurso era muito díspar da maioria dos meus colegas: não via slides, não tinha feito aulas. Na verdade, sabia que isso não resultava comigo. Mas ainda assim, preocupou-me.
Numa nota mais positiva, sem dúvida que a minha mentalidade me ajudou a superar este desafio. O meu estudo primou por focar o que era importante para os doentes, deu-me imenso prazer e foi um grande consolo chegar ao fim do